Na última terça-feira (15), foi amplamente divulgado um vídeo de uma fisioterapeuta dançando com um bebê no bolso do jaleco durante atendimento em um hospital de Itajaí, em Santa Catarina. Sempre atento à atuação dos seus profissionais registrados, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região (CREFITO-4 MG) repudia o fato e reforça a importância do papel dos fisioterapeutas nas maternidades de todo o País, trabalhando, inclusive, pela aprovação de projetos de lei que fortaleçam esta pauta.
Com forte atuação nos 853 municípios mineiros, o CREFITO-4 MG regula, orienta e fiscaliza o exercício profissional de fisioterapeutas e terapeutas ocupacional em Minas Gerais, buscando exercer o controle ético-social das profissões em benefício da sociedade. A autarquia realiza ainda um trabalho de produção de projetos de lei relacionados à classe, como o PL 2.183/2020, em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que ressalta e fortalece a presença de fisioterapeutas nas maternidades durante os períodos de pré-parto, parto e pós-parto, sempre que solicitados pela parturiente. Projeto semelhante foi aprovado na Câmara Municipal de Belo Horizonte, mas vetado pelo então prefeito, Alexandre Kalil, em setembro de 2020.
Para o presidente do CREFITO-4 MG, Dr. Anderson Coelho, é imprescindível garantir que parturientes tenham o direito à assistência fisioterapêutica. “Em uma fase tão delicada, é essencial que as mulheres tenham o direito a essa assistência. Será um auxílio que virá para minimizar sintomas de desconfortos e dores causados na gestação, evitar complicações no parto, controlar a ansiedade da paciente, diminuir o tempo de trabalho de parto e também o índice de indicação para a cesárea. Temos defendido esta matéria em Minas Gerais, aguardando pela conscientização e apoio dos nossos parlamentares”.
“Como Conselho de classe, repudiamos totalmente o ocorrido em Itajaí, que já está sendo investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina. Um fato isolado e irresponsável, que colocou em risco a saúde do bebê, mas que não irá afetar ou diminuir a importância da Fisioterapia nas maternidades de todo o País. Em Minas Gerais, seguimos firmes fiscalizando a atuação dos nossos profissionais e atuando pela sua capacitação constante”.
Importante destacar que o CREFITO-10, responsável pela atuação dos fisioterapeutas de Santa Catarina, fiscalizou o hospital em Itajaí assim que teve conhecimento do fato e já tomou as medidas cabíveis para apuração da conduta da profissional.
Avanços da profissão
Fisioterapeutas de todo o Brasil possuem a especialidade “Saúde da Mulher” reconhecida pelo seu conselho federal, o COFFITO, desde 2009. O especialista acompanha a mulher em todas as fases da vida, desde a infância à terceira idade, incluindo o período de gestação e pós-parto. Os avanços científicos e sociais frutos da atuação desses especialistas nas maternidades têm sido percebidos por pacientes e demais profissionais da saúde, e acompanhados de perto pela Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM), responsável também por realizar movimentos e campanhas em prol da ampliação da presença desses profissionais nas maternidades de todo o País.
